sábado, 7 de maio de 2011

Estamos vivendo num Universo projetado?

Por John Gribbin 

A discussão sobre se o universo tem um criador, e quem que seja, está entre as mais antigas da história humana. Mas entre os argumentos travados entre os crentes e os céticos, uma das possibilidades tem sido quase ignorado - a idéia de que o universo ao nosso redor foi criado por pessoas muito bem parecidas como nós mesmos, usando dispositivos não muito diferentes dos disponíveis para os cientistas hoje. 

Tal como acontece com muitas outras coisas na física moderna, a idéia envolve aceleração de partículas, o tipo de coisa que acontece no Grande Colisor de Hádrons, na Suíça. Antes que o LHC começou a funcionar, uns poucos alarmistas temiam que isso pudesse criar um buraco negro que destruiria o mundo. Isso nunca foi sobre os cartões: embora seja perfeitamente possível que o dispositivo poderia gerar um buraco negro artificial, seria pequeno demais para engolir um átomo, e muito menos a Terra. 

No entanto, para criar um novo universo exigiria uma máquina apenas um pouco mais poderosa do que o LHC - e há todas as chances de que nosso universo pode ter sido fabricado desta maneira. 

Isso é possível por duas razões. Em primeiro lugar, os buracos negros podem - como os aficionados da ficção científica vão estar bem consciente - atuam como gateways para outras regiões do espaço e do tempo. Em segundo lugar, devido ao fato curioso de que a gravidade tem energia negativa, não tem energia para fazer um universo. Apesar da quantidade colossal de energia contida em cada átomo da matéria, é precisamente balanceado pela negatividade da gravidade. 

Os buracos negros, por outro lado, são relativamente fáceis de fazer. Para qualquer objeto, há um raio crítico, o chamado raio de Schwarzschild, em que a sua massa vai formar um buraco negro. O raio de Schwarzschild para o Sol é de cerca de duas milhas, 1 / 200, 000 de sua largura atual; para a Terra para se tornar um buraco negro, ele teria que ser espremido em uma bola com um raio de um centímetro. 

Os buracos negros que poderiam ser criados em um acelerador de partículas seria muito menor: massas pequenas espremidas em volumes incrivelmente minúsculos. Mas por causa da energia negativa da gravidade, não importa o quão pequenos orifícios são: eles ainda têm o potencial para inflar e expandir em suas próprias dimensões (ao invés de ocupar nosso). Tal expansão foi precisamente o que fez nosso universo no Big Bang, quando de repente explodiu a partir de um minúsculo aglomerado de matéria em um universo de pleno direito. 

Alan Guth, do Massachusetts Institute of Technology, primeiro propôs a idéia hoje amplamente aceita da inflação cósmica - que o ponto de partida do "Big Bang" foi bem menor, e a sua expansão muito mais rápida do que tinha sido assumido. Ele tem investigado os aspectos técnicos de "a criação de universos em laboratório", e concluiu que as leis da física que, em princípio, tornariam isso possível. 

A grande questão é saber se isso já aconteceu - é o nosso universo, um universo projetado? Por isso, não quero dizer uma figura de Deus, um "projetista inteligente" monitoranto e modelando todos os aspectos da vida. Evolução por seleção natural, e todos os outros processos que produziram o nosso planeta e a vida sobre ele, são suficientes para explicar como chegamos a ser do jeito que somos, dadas as leis da física que operam em nosso universo. 

No entanto, há ainda espaço para um projetista inteligente dos universos como um todo. A física moderna sugere que nosso universo é um dos muitos, que faz parte de um "multiverso", onde diferentes regiões do espaço e do tempo podem ter propriedades diferentes (a força da gravidade pode ser mais forte em alguns e mais fraco em outros). Se o nosso universo foi criado por uma civilização tecnologicamente avançada em outra parte do multiverso, o projetista pode ter sido responsável pelo Big Bang, mas nada mais. 

Se os projetistas fazem tais universos de fabricação buracos negros - a única maneira de fazê-lo de que estamos conscientes - existem três níveis em que eles podem operar. O primeiro é apenas para a fabricação de buracos negros, sem influenciar as leis da física no novo universo. A humanidade está quase a este nível, que a novela de Gregory Benford Cosm coloca em um contexto de entretenimento: um pesquisador norte-americano encontra-se, após uma explosão em um acelerador de partículas, com um novo universo em suas mãos, do tamanho de uma bola de beisebol. 

O segundo nível, para uma civilização um pouco mais avançada, implicaria em cutucar as propriedades dos universos bebês em uma certa direção. Poderia ser possível ajustar os buracos negros de tal modo que a força da gravidade era um pouco mais forte do que no universo dos pais, sem os projetistas que se possa dizer exatamente quanto mais forte. 

O terceiro nível, para uma civilização muito avançada, envolveria a capacidade de definir parâmetros precisos, assim, para projetá-la em detalhe. Uma analogia seria com bebês de projeto - em vez de mexer com o DNA para ter um filho perfeito, uns cientistas podem mexer com as leis da física para conseguir um universo perfeito. Fundamentalmente, porém, não seria possível em qualquer destes casos - até mesmo no nível mais avançado - para os projetistas de interferir com o bebê universos, uma vez que tinha formado. Desde o momento do seu próprio Big Bang, cada universo seria por si só. 

Isso pode parecer exagero, mas a coisa surpreendente sobre esta teoria é a probabilidade de acontecer - e já ter acontecido. Tudo que é necessário é que a evolução ocorre naturalmente no multiverso, até que, em pelo menos um universo, a inteligência atinge aproximadamente ao nosso nível. Desse ponto de sementes, os projetistas inteligentes criam universos bastante adequados para a evolução, que brotam os seus próprios universos, que universos como o nosso (em outras palavras, adequados à vida inteligente) proliferam rapidamente, com "pouco inteligente" universos vir a representar uma pequena fração do multiverso inteiro. Assim, torna-se altamente provável que qualquer dado universo, inclusive o nosso, que se destina ao invés de "natural". 

Embora a inteligência necessária para fazer o trabalho pode ser (ligeiramente) superior à nossa, é do tipo que é reconhecidamente semelhante à nossa, e não a de um Deus infinito e incompreensível. E a razão mais provável para tal inteligência para fazer universos é o mesmo para fazer coisas como escalar montanhas, ou estudar a natureza das partículas subatômicas - porque nós podemos. Uma civilização que tem a tecnologia para fazer universos bebê iria certamente encontrar a tentação irresistível. E se as inteligências são qualquer coisa como a nossa, haveria uma tentação irresistível aos níveis superiores de universo projetado para melhorar os resultados. 

Essa idéia fornece a melhor resolução para o enigma ainda Albert Einstein usado para elevar, de que "a coisa mais incompreensível sobre o Universo é que ele é compreensível". O universo é compreensível para a mente humana, porque ele foi projetado, ao menos em certa medida, por seres inteligentes, com espírito semelhante ao nosso. 

O grande astrônomo britânico Fred Hoyle sugeriu que as leis da física eram tão singularmente propícias para a existência humana que o universo deve ser "um posto de trabalho". Eu acredito que ele estava certo: o universo foi realmente criado para proporcionar um lar para a vida, mesmo que evoluiu através de um processo de seleção natural, sem necessidade de interferência externa. Não é que o homem foi criado à imagem de Deus - e que o nosso universo foi criado, mais ou menos, à imagem de seus criadores. 

Como podemos criar vida

Artigo de Paul Davies

Cientistas buscam novas tecnologias para produzir vidas em laboratório

Paul Davies e professor do Imperial College e autor de 'The Fifth Miracle: the Search for the Origin of Life'. Artigo publicado no jornal inglês 'The Guardian':

Em 1953, um jovem cientista chamado Stanley Miller levou adiante uma experiência histórica na Universidade de Chicago. Ele tentou recriar as condições de vida na Terra durante os primórdios, descarregando eletricidade em uma mistura de água e gases selada em um frasco.

Quando Miller analisou os resultados, ficou feliz ao encontrar sinais de aminoácidos, importantes elementos das proteínas.

A experiência de Miller entrou para a história como tentativa pioneira de criar vida em um tubo de ensaio. O sucesso lançou a crença de que se tratava do primeiro passo para uma caminhada em direção à vida, ao final da qual uma sopa química nos conduziria a uma passagem pelo tempo.

Ao fazer mais experiências como essa, algum tipo de vida seria produzida. Para a maior parte das pessoas, a idéia de criar vida em laboratório parece ficção.

Alguns cientistas, porém, anunciaram que estão prestes a conseguir isso.

A origem da vida continua um quebra-cabeças. Se os cientistas pudessem criar uma segunda forma de vida no laboratório, isso poderia render pistas vitais sobre como chegamos aqui.

De alguma forma, bilhões de anos atrás, uma mistura de elementos químicos sem vida se transformaram em células com vida. Repetir experiências químicas sob condições controladas poderia levar à primeira forma de vida artificial.

A princípio, não vejo razão para não criar uma forma de vida sintética. De qualquer maneira, muitos dos cientistas que trabalham nessa tentativa estão mirando no alvo errado. No século 19, a vida era vista como um tipo de substância mágica.

Ganhou força a idéia de que essa matéria orgânica, originária de um caldo primitivo, só poderia ser sintetizada em laboratório se os ingredientes certos fossem identificados. Foi com esse espírito que Miller fez sua experiência, e muitas outras versões refinadas dela vêm sendo repetidas.

Infelizmente, os pesquisadores continuam no estágio dos blocos de construção.

Há uma razão fundamental para esse impasse. A vida, como a conhecemos agora, não é uma substância mágica. Não é algo que possa ser incubado pelos métodos da química do século 19.

Nem pode ser conjurado por descarga energética em substâncias infusivas, como um raio elétrico, à la doutor Frankenstein. Não há força vital acima e abaixo das habituais forças intermoleculares.

Ao invés disso, a célula viva tem mais semelhança com um supercomputador - um sistema de processamento e reprodução de informações de complexidade surpreendente. O DNA não é uma molécula especial que dá vida, mas um banco de dados genético que transmite suas informações usando um código matemático.

A maior parte das atividades de uma célula são melhor descritas, não em termos materiais - hardware -, mas em termos de informação, ou software. Tentar criar vida misturando elementos químicos em um tubo de ensaio é como tentar soldar fios para produzir o Windows 98.

Não funciona porque leva o problema por um caminho conceitual equivocado.

A aproximação de Miller é fundamental, sintetizando os blocos de construção vitais a partir de substâncias inorgânicas e tentando reagrupá-los em estruturas mais complexas.

Enquanto isso, biólogos moleculares têm feito experiências sob uma perspectiva mais profunda, quebrando os elementos internos de bactérias e vírus para reorganizar seus componentes.

Há um mês, Craig Venter, famoso por seu trabalho no projeto do genoma humano, anunciou a intenção de criar uma nova forma de vida. Venter planeja esquartejar e reconstruir o genoma do Mycoplasma genitalium, um micróbio que habita o trato genital.

Mais do que criar vida, trata-se de reformulá-la. Até uma simples bactéria é uma vasta montagem de moléculas intrincadas. Embora não estejam vivas, elas são produtos de coisas vivas.

Cientistas fazem uso delas em seus consertos microbiológicos. Eles usam produtos de organismos vivos para refazer organismos vivos e continuam distantes de ser capazes de compor uma célula viva do zero.

Se a vida artificial é manufaturada, será pela aplicação das informações tecnológicas e nanotecnológicas e não pela química orgânica. Esses são os campos emergentes, e os princípios em que repousam raramente são captados.

O assunto do momento é a computação quântica - uma tentativa de aperfeiçoar as propriedades dos elétrons e átomos para processar informação em nível molecular. Aqui, o conceito de informação é transformado, e as regras de processamento são diferentes.

Entusiastas da computação quântica prevêem um salto no poder de processamento se uma tecnologia puder ser trabalhada Talvez isso crie condições para a criação da vida em laboratório.

O que nos deixa com uma questão curiosa. Como a natureza fabricou o primeiro processador de informação digital do mundo - a primeira célula viva - do caos cego das moléculas desorganizadas? Como o hardware molecular escreve seu próprio software?

A resposta deve esperar até que nós entendamos a natureza da informação e os princípios que governam sua dinâmica. (O Estado de SP, 15/12)

Fonte: Jornal da Ciência

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pesquisa indica que pessoas acreditam em Deus e na Evolução

A maior parte dos brasileiros acredita que o ser humano é fruto de uma evolução guiada por Deus, segundo pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de S.Paulo. De acordo com a pesquisa, 59% acreditam nessa tese, contra 25% que acreditam no criacionismo (tese que afirma que o homem foi criado por Deus há menos de 10 mil anos) e 8% de evolucionistas (que não acreditam em interferência divina na criação do homem). A pesquisa entrevistou 4.158 pessoas com mais de 16 anos, com margem de erro de 2%.

De acordo com a pesquisa, a crença na criacionismo é maior entre os entrevistados com menor renda e escolaridade. O número de evolucionistas, que acreditam apenas na teoria da evolução proposta por Charles Darwin, aumenta na proporção inversa, sendo maior entre aqueles com maior renda e escolaridade. De acordo com o jornal, os dados são próximos àqueles adquiridas nas nações europeias, pois uma pesquisa de 2005 do instituto Eurobarômetro mostra que o número de criacionistas é próximo dos 20%. Nos Estados Unidos, uma pesquisa apurada pelo instituto Gallup e citada pelo jornal mostra que o número de criacionistas puros é de 44%, enquanto os que acreditam em uma evolução guiada por Deus são 36% e os evolucionistas são 14%. A adesão ao criacionismo bíblico é maior entre os umbandistas (33% e evangélicos pentecostais (30%), de acordo com a pesquisa, ainda que o número de devotos das religiões que pregam essa teoria não passe de 25%, segundo o jornal.

Fonte: Notícias Terra

quinta-feira, 31 de março de 2011

Alternativa da Ciência: A Teoria do Multiverso


Nosso universo é perfeitamente adaptado para a vida. Isso pode ser a obra de Deus ou o resultado do nosso universo a ser um de muitos.  

Por Tim Folger

As propriedades básicas do universo são estranhamente adequadas para a vida. Se forçar as leis da física em praticamente qualquer maneira e, neste universo, qualquer forma de vida como a conhecemos não existiria. Consideremos apenas duas alterações possíveis. Os átomos consistem de prótons, nêutrons e elétrons. Se os prótons eram apenas 0,2 por cento mais pesado do que realmente são, seriam instáveis ​​e se decompõem em partículas mais simples. Átomos não existiriam, nem nós também. Se a gravidade fosse um pouco mais poderosa, as consequências seriam graves. Uma força de reforçar a sua gravitacional poderia comprimir estrelas com mais força, tornando-as mais pequenas, mais quente e denso. Ao invés de sobreviver por bilhões de anos, estrelas que queimam seu combustível através de alguns milhões de anos, da pulverização catódica antes de que a vida teve a chance de evoluir. Há muitos exemplos de propriedades amigáveis de vida do universo, tantos, na verdade, que os físicos não pode demiti-los todos como meros acidentes. 

O físico Andrei Lindre diz: "Temos um monte de verdades, coincidências muito estranhas, e todas essas coincidências são tais que tornam a vida possível". Os físicos não gostam de coincidências. Eles não gostam menos ainda a noção de que a vida é algo central para o universo, e ainda as recentes descobertas estão obrigando-os a confrontar essa idéia. A vida, ao que parece, não é um componente acidental do universo, expelida para fora de uma poção química aleatória em um planeta solitário para durar alguns carrapatos passageiros do relógio cósmico. Em certo sentido estranho, parece que não estão adaptadas para o universo, o universo é adaptado para nós. 

Pode chamá-la de um acaso, um mistério, um milagre. Ou chamá-lo o maior problema em física. Para não invocar um criador benevolente, muitos físicos vêem apenas uma explicação possível: o nosso universo pode ser apenas um dos universos talvez infinitamente muitos em um multiverso inconcebivelmente vasto. A maioria desses universos são estéreis, mas alguns, como o nosso, ter condições adequadas para a vida. 

A idéia é controversa. Os críticos dizem que ele nem sequer qualificar-se como uma teoria científica porque a existência de outros universos não pode ser provado ou refutado. Os defensores argumentam que, gostemos ou não, o multiverso pode muito bem ser a única explicação viável não religiosa para o que é muitas vezes chamado de "problema de sintonia fina", a observação desconcertante que as leis do universo parece sob medida para favorecer o surgimento de a vida. As leis da física clamam para a vida:. O Universo sabia que estávamos chegando "Para mim, a realidade de muitos universos é uma possibilidade lógica", diz Linde. "Você pode dizer: 'Talvez isso seja alguma coincidência misteriosa. Talvez Deus criou o universo para o nosso benefício.' Bem, eu não sei sobre Deus, mas o próprio universo pode reproduzir-se eternamente em todas as suas possíveis manifestações.''

Linde diz que se a massa do elétron fose dobrada, a vida como a conhecemos desapareceria. Se mudarmos a força da interação entre prótons e elétrons, a vida vai desaparecer. Por que há três dimensões espaciais e uma dimensão de tempo? Se tivéssemos quatro dimensões espaciais e uma dimensão de tempo, então os sistemas planetários seria instável e nossa versão de vida seria impossível. Se tivermos duas dimensões espaciais e uma dimensão de tempo, nós não existiríamos ", diz ele.

A idéia de que o universo foi feito apenas para nós, conhecido como o Princípio Antrópico, estreou em 1973, quando Brandon Carter, em seguida, um físico da Universidade de Cambridge, falou em uma conferência na Polônia de Copérnico, o astrônomo do século 16 que disse que o sol , e não a Terra, era o centro do universo. Carter propôs que uma variedade de leis puramente aleatóriasteria deixado o universo morto e escuro, e que a vida limita os valores que as constantes físicas podem ter. Ao colocar a vida sem holofotes cósmicos em uma reunião dedicada a Copérnico, não menos, Carter estava voando na cara de uma visão científica do mundo, que começou há quase 500 anos a Terra, quando o astrônomo polonês desalojou a humanidade do centro do palco no grande esquema das as coisas.
Carter propõe duas interpretações do princípio antrópico. O princípio antrópico ''fraco'' simplesmente diz que nós estamos vivendo um momento especial e lugar no universo onde a vida é possível. A vida não poderia ter sobrevivido no início do Universo antes de estrelas formadas, de modo que o universo tinha de ter atingido uma certa idade e estágio de evolução antes que a vida poderia surgir.
O princípio antrópico ''forte'' faz uma declaração muito mais ousada. Afirma que as leis da física em si são tendência para a vida. Para citar Freeman Dyson, um físico de renome no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, o princípio antrópico forte implica que "o universo sabia que estávamos chegando".

Existe uma teoria que fornece uma explicação natural para o princípio antrópico. Se houver um grande número de outros universos, todos com propriedades diferentes, por puro acaso, pelo menos, um deles deveria ter a combinação certa de condições para trazer as estrelas, planetas e seres vivos. 

Em algum outro universo, as pessoas poderão ver diferentes leis da física", diz Linde. "Eles não vão ver o nosso universo. Eles vão ver só o deles. Eles vão olhar ao redor e dizer: 'Aqui é o nosso universo, e temos de construir uma teoria que prevê que exclusivamente nosso universo deve ser a nossa forma de vê-lo, porque senão não é uma física completa.' Bem, isso seria um erro faixa porque eles são nesse universo por acaso."

A maioria dos físicos duvidaram. Não houve nenhuma boa razão para acreditar na realidade de outros universos, pelo menos não até perto do início do novo milênio, quando os astrônomos fizeram uma das descobertas mais notáveis​na história da ciência.

O astrofísico Martins Rees, um dos primeiros incentivadores das idéias da Linde, concorda que nunca possa ser possível observar outros universos diretamente, mas ele argumenta que os cientistas ainda podem ser capaz de fazer um argumento convincente para a sua existência. Para fazer isso, diz ele, os físicos terão uma teoria do multiverso que faz novas previsões testáveis, mas sobre as propriedades do nosso próprio universo.

"Para uma teoria ganhar credibilidade, explicando previamente características inexplicáveis do mundo físico, então devemos levar a sério as suas previsões mais, mesmo que essas previsões não são diretamente testáveis", diz ele. "Cinquenta anos todos nós pensamos no Big Bang como muito especulativo. Agora o Big Bang de um milésimo de segundo em diante é tão bem estabelecida como algo sobre o início da história da Terra.

A credibilidade da teoria das cordas e do multiverso pode receber um impulso no próximo ano ou dois, uma vez que os físicos começaram a analisar os resultados do Large Hadron Collider (LHC) , o novo acelerador de partículas construído por 8 bilhões de dólares na fronteira suíço-francesa. Se a teoria das cordas estiver certa, o colisor deve produzir uma série de novas partículas. Existe ainda uma pequena chance de que ele pode encontrar evidências das dimensões extra misteriosas da teoria das cordas. "Se você medir algo que confirma algumas elaborações da teoria das cordas, então você tem evidências indiretas para o multiverso", diz Bernard Carr, um cosmólogo da Queen Mary University of London.

Suporte para o multiverso poderia vir também de algumas missões espaciais futuras. Susskind diz que há uma chance de que o satélite da Agência Espacial Europeia Planck, com lançamento previsto para início do próximo ano, poderia dar uma mão. Alguns modelos do multiverso prevê que nosso universo deve ter uma geometria específica que iria dobrar o caminho dos raios de luz de maneiras específicas que podem ser detectados por Planck, que vai analisar a radiação deixada pelo Big Bang. Se as observações Planck corresponder as previsões, seria sugerir a existência do universo.

Quando eu perguntei a Linde se físicos nunca vão ser capazes de provar que o multiverso é real, ele tem uma resposta simples. "Nada mais se ajusta aos dados", diz ele. "Nós não temos nenhuma explicação alternativa para a energia escura, não temos qualquer explicação alternativa para a pequenez da massa do elétron, nós não temos nenhuma explicação alternativa para muitas propriedades das partículas.

"O que eu estou dizendo é, olhar para ela com os olhos abertos. Estes são fatos experimentais, e esses fatos se encaixam uma teoria: a teoria do multiverso. Eles não se encaixam em nenhuma outra teoria tão longe. Eu não estou dizendo que essas propriedades implica, necessariamente, que a teoria do multiverso está certo, mas você me perguntou se há alguma evidência experimental, e a resposta é sim. Foi Arthur Conan Doyle, que disse: 'Quando você tiver eliminado o impossível, aquilo que permanece, ainda que improvável, deve ser a verdade. "

E Deus?
Para muitos físicos, o multiverso continua a ser uma medida desesperada, decidida pela impossibilidade de confirmação. Os críticos vêem no princípio antrópico como um retrocesso, um retorno a uma forma humana centrada de olhar para o universo que Copérnico desacreditou há cinco séculos. Eles se queixam de que a utilização do princípio antrópico para explicar as propriedades do universo é como dizer que os navios foram criados para que cracas poderia ficar com eles.

"Se você permitir-se a hipótese de um arquivo quase ilimitado de mundos diferentes, você podenão  explicar nada", diz John Polkinghorne, um ex-físico de partículas teórica na Universidade de Cambridge e, nos últimos 26 anos, um ordenado sacerdote anglicano. Se uma teoria permite que nada seja possível, ele não explica nada, uma teoria de tudo não é o mesmo que uma teoria de tudo, acrescenta.

Se o satélite Planck detecta a deflexão da luz, então seria uma evidência para o multiverso. Adeptos da teoria do multiverso dizem que os críticos estão no lado errado da história. "Ao longo da história da ciência, o universo tem sempre ficado cada vez maior", diz Carr. "Passamos de geocêntrica para a heliocêntrica galáxia. Então, na década de 1920 houve essa grande mudança quando percebemos que a nossa galáxia não era o universo. Eu só vejo isso como mais um passo na evolução. Toda vez que essa expansão ocorreu, os cientistas mais conservadores disseram: 'Isso não é ciência. "Isto é apenas o mesmo processo que se repete."

Se o multiverso é o estágio final da revolução copernicana, com o nosso universo, mas um pontinho em um megacosmos infinito, onde se encaixa a humanidade? Se a vida de afinação fácil do nosso universo é apenas uma ocorrência, algo que surge inevitavelmente em uma infindável variedade de universos, há alguma necessidade de uma sintonia fina de um Deus?

"Eu não acho que a idéia do multiverso destrói a possibilidade de um Criador inteligente e benevolente", diz Weinberg. "O que ele faz é eliminar um dos argumentos para isso, tal como a teoria da evolução de Darwin tornou desnecessário o recurso a um projetista benevolente para entender como a vida se desenvolveu com essa notável capacidade de sobreviver e procriar".

Por outro lado, se não houver multiverso, como fica os físicos? "Se há apenas um universo", diz Carr, "talvez você precise ter um sintonizador fino. Se você não quer Deus, é melhor você ter um multiverso ".

Quanto à Linde, ele é especialmente interessado no mistério da consciência e especulou que a consciência pode ser um componente fundamental do universo, bem como espaço e tempo. Ele se pergunta se o universo físico, suas leis, e observadores conscientes podem formar um todo integrado. Uma descrição completa da realidade, diz ele, poderia exigir todos esses três componentes, que ele postula surgiram simultaneamente. "Sem alguém observar o universo", diz ele, "o universo é realmente morto".



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quarta-feira, 30 de março de 2011

Descrição de Deus no pensamento de Espinosa

Baruch de Espinosa, filósofo holandês de descendência portuguesa (1632-1677), acreditava que tudo é governado por uma necessidade de lógica absoluta. A ordem da natureza é geométrica. Nada há que ocorra por acaso no mundo físico; tudo o que acontece é uma manifestação da natureza imutável de Deus.

Em seu pensamento, a idéia de Deus é a de um ser que se confunde inteiramente com a natureza, quer seja esta criada ou crie-se a si mesma. As coisas acontecem mecanicamente, e o mecanismo é a razão, o mundo é a natureza e o que o movimenta é a razão e essa natureza é divina ¾ Deus ou Natureza.

Da necessidade da natureza divina podem resultar coisas infinitas em número infinito de modos, isto é, tudo o que pode cair sob um intelecto divino’’. (Espinosa, Ética, Prop. XVI, p. 100 ).

Segundo o filósofo, Deus existe necessariamente. Cada coisa que existe é um modo, uma manifestação de Deus. Natura naturante é a própria substância, Deus e sua essência infinita; Natura naturata são os modos e as manifestações da essência divina: o Mundo. A natureza naturante, isto é, Deus; prolonga-se na matéria como modo de manifestação de Deus; este se basta a si mesmo no processo de automanifestação contínua – Natureza Criadora.

No momento em que toda a natureza decorre necessariamente da essência de Deus, não existem imperfeições na natureza. Assim, na natureza, o poder pelo qual as coisas existem e atuam não é outro senão o poder eterno de Deus. Existir, ser e agir são a mesma coisa, e tudo o que existe é necessário, e não há contingência no universo.

‘’Na natureza nada existe de contingente; antes, tudo é determinado pela necessidade da natureza divina a existir e a agir de modo certo’’ ( Idem, prop. XXIII, L. I, P.113).

Ainda segundo Espinosa, tudo o que existe depende de Deus, sem ele nada pode ser concebido; isso porque a natureza produz de diferentes modos, o conceito de substância na natureza é o de que tudo é bom, Deus é bom – que se vê não é o necessário, é o contingente, nada é estranho à Natureza divina, pois tudo faz parte de sua natureza, tudo está previsto no poder da substância criadora.

Este pensar conduz à uma visão da natureza onde ao sistema das causas mecânicas se superpõe um mundo regido por causas finais. Pois a multiplicidade dos modos (de Deus) não é contrária à unidade, porque esta se relaciona no seu ser e seu agir a ordem unitária de Deus.

De outro modo, as emoções não são separadas da natureza, são coisas naturais, e, assim, estão sujeitas às leis da natureza. A Natureza,(Deus), age em virtude da necessidade da qual existe. Não há fins na natureza, mas necessidade intrínseca. A emoção é geralmente uma idéia confusa, o homem, como uma parte da natureza, sabe que tudo procede da natureza divina, e que tudo acontece segundo suas leis eternas. O homem sabe que é capaz de substituir a emoção pela razão, na medida em que tiver consciência de sua liberdade, e uma vez que tenha compreendido a natureza das emoções, compreenderá que a razão não é contrária à natureza; assim como as emoções, esta é uma tendência natural do homem.

O intelecto humano é parte do intelecto infinito de Deus, é uma idéia, um modo do atributo do pensamento, e todas as idéias ou corpos surgem como manifestação necessária de Deus. Para que o homem tenha um conhecimento total da unidade da mente com a totalidade da natureza é preciso que ele, ao mesmo tempo, conheça a si próprio e conheça a natureza: que é por extensão conhecer, ou reconhecer, a Deus.

Para que o homem se compreenda e compreenda o que lhe acontece é necessário relacionar os acontecimentos com a idéia de Deus, já que tudo é parte de Deus. Desse modo, o homem está sujeito a seguir e a obedecer a esta ordem necessária para manter em equilíbrio seu ser. Entretanto, o homem é apenas uma parte da natureza, e esta, naturalmente, não está restrita às necessidades humanas mas a infinitas outras leis que se estendem à totalidade da natureza. O homem não pode, portanto, ser causa necessária de sua existência; logo, pode vir a sofrer mudanças exteriores à sua natureza, como, por exemplo, ser afetado pelas paixões.

A Natureza é pensante; este ‘’pensar’’, é a própria essência de Deus. Os atributos de Deus se fundamentam na unidade. A natureza é una, qualquer coisa, qualquer atributo de Deus resulta necessariamente de sua natureza absoluta. Assim, qualquer que seja o modo como concebamos a natureza, seja como extensão, pensamento ou qualquer outro atributo, sempre se encontra uma só ordem, uma única união de causas, uma só realidade: esta realidade é o mesmo que Deus.

Como Deus é a própria natureza, esta é, portanto, perfeitíssima e boa, porque o poder da natureza é o próprio poder de Deus, e o direito natural, o poder de Deus pelo direito que tem sobre todas as coisas. É somente pela liberdade absoluta desse poder que todo ser da natureza tem capacidade para existir e agir. Entretanto, Deus não é criador, pois isto suporia um limite a seu ser, Deus é a manifestação necessária de sua essência, ele é a sua própria causa, substância essencial, absoluta, única, infinita, a partir da qual tudo está determinado a existir, tanto em essência quanto em existência, ou seja, Deus se manifesta no existente, na totalidade da natureza, e esta manifesta a totalidade da existência e potência de Deus como causa eficiente imanente: pois a existência do mundo é a manifestação eterna, infinita e absoluta da essência de Deus.

‘’A Natureza inteira é um só indivíduo cujas partes, isto é, todos os corpos, variam de infinitas maneiras, sem qualquer mudança do indivíduo na sua totalidade’’.

(Idem, Prop. XIII, escólio, L. II, p. 155).

Necessariamente, somos levados, segundo Espinosa, a concluir que o amor a Deus deve ocupar o primeiro lugar na mente do homem, pois esta troca amorosa no plano intelectual é parte do amor infinito com que Deus ama a si mesmo, e o bem mais alto que acaricia o espírito é o conhecimento desse amor comparticipado; a perfeita harmonização do uno: Deus, Natureza, Homem, ou seja, ‘’Deus ou Natureza’’.

‘’Não existe nada na natureza que seja contrário a este amor intelectual, por outros termos, que o possa destruir’’.

(Idem, Prop. XXXVII, L. V, p. 303).


Bibliografia:

ESPINOSA, Baruch. Ética, Tratado Político. São Paulo : Abril Cultural, 1978, Col. Pensadores.

CHAÜI, Marilena de Souza. Espinosa: uma filosofia da liberdade. São Paulo: Moderna, 1995, Col. Logos.


Fonte

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Verdade sobre Hórus

O nascimento de Hórus, a suposta virgindade de sua mãe e seus supostos 12 discípulos, segundo o documentário Zeitgeist

Esse documentário mostra vários paralelos da estória de Jesus com a de outras divindades. Nele diz que a mãe de Krishna era virgem. Mas Krishina era na verdade o oitavo filho da princesa Devaki. Como poderia ser virgem se já estava no seu oitavo parto?  Veja vários argumentos apresentados no documentário sobre Hórus, e o que realmente é verdade:

A mãe de Hórus era virgem?

A mãe de Hórus não era virgem. Ela era casada com Osíris. O nascimento de Hórus é bem diferente da história de Jesus. No mito de Hórus, Seth tinha matado Osíris (pai de Hórus) e despedaçado o corpo em 14 pedaços que foram espalhados pelo Egito. Isis (mãe de Hórus) juntou os pedaços de Osíris, mas não achou o pênis dele, então ela fez um pênis com as suas próprias mãos, e consumou o ato sexual. Durante este ato sexual Isis ficou grávida e deu a luz a Hórus. Definitivamente, a história do nascimento de Hórus em nada se parece com o nascimento de Jesus.

A mãe de Hórus era chamada de Isis-Meri?

Não existe nenhuma referência que grafe a mãe de Hórus como Isis-Meri. Ela é conhecida apenas como Isis. Mas “Meri” (“Mr-ee”) é a palavra egípcia para “amada” e pode ter sido aplicada a Isis antes do tempo de Jesus como um título, e não como parte do seu nome.

Hórus nasceu no dia 25 de dezembro?

O mito egípcio diz que o nascimento de Hórus se deu no último dia do mês egípcio do “Khoiak”, que equivale ao dia 15 do nosso mês de Novembro e não no dia 25 de Dezembro. A Bíblia também não diz que o nascimento de Jesus se deu em 25 de dezembro, isso foi convencionado durante o concílio de Nicéia, séculos depois. Essa data era a comemoração do deus sol e a igreja achou que através do sincretismo, associando o deus sol a Jesus, conseguiria fazer com que os fiéis esquecessem dos mitos antigos e se apegassem aos novos.

O seu pai terrestre era chamado de “Seb” (Joseph)?

Não há nenhum paralelo entre o nome Egípcio “Seb” e o Hebraico “Joseph” para além do fato de serem nomes comuns. Além disso, Seb era o pai de Osiris e não de Horus.

Hórus nasceu numa caverna ou numa manjedoura?

Nenhuma das duas alternativas, seu nascimento aconteceu num pântano. Além disso, o nascimento de Hórus não foi anunciado por nenhuma estrela, nem havia três reis magos presentes em seu nascimento. A propósito: Nem no nascimento de Jesus! A Bíblia nunca deu nenhum número e apenas se refere a “homens sábios” que visitaram a casa de Jesus (em Nazaré) e não a cena do nascimento (em Belém). Pelo fato do menino Jesus ganhar três presentes: incenso, ouro e mirra, convencionou-se após o século VI que seriam três os visitantes (sem falar que o evangelho apócrifo de Felipe explicita não só que eram três, mas também seus nomes: Baltazar, Belchior e Gaspar).

Hórus ensinou no templo e foi batizado?

Hórus nunca ensinou em um templo e nem foi batizado. Não existe referência sobre isso.
Em nenhum lugar a lenda de Hórus se refere a algum batismo. Também não existe o personagem “Anup Batista” na lenda.

Hórus tinha 12 discipulos?

Não, Hórus só tinha 4 discípulos e não 12. Eram conhecidos como “Heru-Shemsu”. A lenda também fala de 16 seguidores de um grupo maior de guerreiros chamados “‘mesnui” que faziam parte do grupo de guerreiros de Hórus, mas também não são 12, além de não serem contados como discipulos. Cai por terra a história das doze casas do zodíaco.

Hórus fazia “milagres”, exorcizava e ressucitava mortos?

Hórus fazia milagres, afinal de contas era um “deus” e todos os deuses fazem milagres. Mas, a lenda de Hórus não menciona nenhum exorcismo. Hórus nunca ressuscitou ninguém, o mais perto disso que ele chegou foi conduzir sue pai, Osíris ao mundo dos mortos.

Hórus andou sobre as águas?

Não é citado em nenhum lugar na lenda de Hórus que ele andou sobre as águas.

Os títulos de Hórus

O documentário Zeitgeist diz que Hórus era conhecido como “Iusa”, “o caminho”, ou “o pai”. Ou como o “messias”, “filho do homem”, “pastor”, ou algo semelhante. Na verdade, nunca ninguém foi conhecido como “Iusa”, já que a palavra não existe em Egípcio.

Os únicos títulos dados a Hórus eram de “grande deus”, “chefe dos exércitos”, “mestre dos céus”, “mestre fúnebre” e “vingador de seu pai”. Nenhum outro título aparece na mitologia Egípcia.

Hórus deu um sermão na montanha?

Isso também não existe na lenda de Hórus.

Crucificado entre dois ladrões, enterrado por três dias numa tumba e depois ressuscitado?

Hórus nunca foi crucificado. Uma das versões da lenda diz que ele foi cortado em pedaços e jogado na água. Isis pediu a um crocodilo (!) que juntasse os pedaços de Hórus, que não ressuscitou, mas, como no caso de Osíris (pai de Hórus), caminhou para o mundo dos mortos, ou existência após a morte na qual os Egípcios acreditavam.

Ele era conhecido como o Pescador e era associado com o Peixe, Cordeiro e Leão?

Ele nunca foi referido como “o pescador” e não há nenhum cordeiro ou leão na história. Mas os primeiros cristãos usavam o peixe como símbolo de Jesus em parte devido a um acrónimo. A expressão “Jesus Cristo Salvador Filho de Deus” em grego (Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υἱός, Σωτήρ) formam a palavra “PEIXE” (ΙΧΘΥΣ).

Hórus era chamado de ''KRST'' ou Ungido?

Hórus nunca foi chamado por nenhum desses títulos. “Krst” em egípcio significa “enterro”. Não era um título.

Ele deveria reinar por mil anos?

Não há menção disto na mitologia egípcia.

Hórus também tinha como símbolo a cruz?

As divindades egípcias carregavam (na mão) o “Ankh” a “chave da vida” ou “chave do Nilo”. O Ankh não é o símbolo de Hórus, aparece nas mãos de diversas outras divindades mitológicas. Apesar de ter certa semelhança com a cruz cristã não há nenhuma relação direta. Na verdade, são simbolicamente diferentes.

E o Zodíaco?

O zodíaco que quer dizer ‘caminho dos animais’ foi criado pelos gregos, no século IV antes de Cristo (portanto não é um dos símbolos mais antigos da humanidade como diz o documentário). Os 12 signos passaram a representar, então, características da personalidade humana.

Bibliografia:

Encyclopedia Mythica: Horus, Egyptian Mythology: Horus, The Eye Of Horus, Horus: He Who Is Above, Wikipédia.

Fonte

10 Mitos da Ciência

Quantas das coisas que damos por cientificamente verdadeiras são na realidade incorretas? E quantas das que cremos inventadas resultam depois ser reais? No LiveScience têm uma completa lista sobre este tipo de mitos científicos. Aqui apenas 10 dos mais interessantes.

1. A água cai em sentido contrário no Hemisfério Sul devido à rotação da Terra.

A rotação da Terra não afeta no sentido de giro da água enquanto cai num redemoinho. Qualquer um pode comprová-lo facilmente abrindo as diversas torneiras de casa. Em cada uma delas, a água formará redemoinhos para um lado ou outro dependendo unicamente da forma da pia, não do hemisfério onde se encontre.

2. Os seres humanos só usam um 10% do cérebro.

Este difundidíssimo mito já tem quase um século. Felizmente não é verdadeiro. Técnicas como a Ressonância Magnética Nuclear demonstraram que os humanos fazem bom uso da crosta cerebral inclusive quando dormem.

3. Um frango pode viver sem cabeça.

Verdade, e ademais durante bastante tempo. Um galo pode sobreviver sem a cabeça devido a que seu tronco cerebral fica com freqüência practicamente intacta depois da degola, permitindo ainda controlar a maior parte de suas habilidades motoras. O famoso e robusto galo Mike conseguiu viver durante 18 meses.

4. No espaço não há gravidade.

A culpa deste frequente engano é pela imagem que temos de astronautas flutuando dentro de uma nave espacial. Quando um objeto encontra-se em órbita, ele sofre, sim, a força da gravidade e está em estado de queda livre. Isto quer dizer que o dito objeto em realidade está caindo, mas como uma velocidade tangencial muito alta. A gravidade está em todas partes, inclusive no espaço. Também não é certo dizer que o espaço seja um vazio. Há toda classe de átomos lá fora, conquanto com freqüência muito distantes.

5. Uma moeda lançada do alto de um edifício poderia matar a uma pessoa.

Uma moeda pequena, como a de 1 centavo, não é precisamente a arma mais aerodinâmica que existe. Devido a sua forma e à fricção do vento tão sómente conseguiria atingir a velocidade suficiente (inclusive sendo lançada do alto do Empire State Building a 381 metros) para mal causar ardência a algum desafortunado pedestre.

6. O cérebro adulto não gera novas células.

Sempre se aceitou que cada humano nascia com um número determinado de neurônios que ia perdendo ao longo da vida sem possibilidade de reposição. É verdade que a maior parte (e mais importante) do desenvolvimento do cérebro ocorre durante a infância, mas isso não significa que tudo cessa a partir de então. Os estudos demonstraram que inclusive os mais idosos são capazes de gerar novas células cerebrais, e que estas funcionam corretamente.

7. Os homens pensam em sexo a cada sete segundos.

Os homens, em termos de evolução, vêm geneticamente programados para reproduzir, mas não existe método científico algum para poder medir quanto tempo do dia ficam fantasiando. Felizmente para a produtividade mundial, esses sete segundos parecem só um grande exagero.

8. Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.

De fato os relâmpagos têm seus lugares "prediletos", especialmente nos locais a grande altura. Benjamin Franklin entendeu o conceito faz muito tempo. Colocou uma barra de metal sobre o telhado de sua casa, ao que uniu até a terra através de um cabo condutor. Acabara de inventar o para-raios.

9. Canja de galinha cura o resfriado.

Usar a palavra curar parece exagerado, mas a ciência opina que as mães de todo mundo fazem bem quando obrigam a seus filhos a tomar uma canja de galinha. Estudos comprovaram que o caldo contém propriedades antiinflamatórias que ajudam a reduzir a congestão.

10. O cabelo e as unhas continuam crescendo depois da morte.

Ainda que o cabelo e as unhas parecem continuar crescendo depois da morte, esta é meramente uma ilusão. Na morte o corpo humano se desidrata severamente, retraindo a pele o suficiente como para expor as unhas e o cabelo mais do que o habitual.

Fonte: Metamorfose Digital

Textos Maias não profetizam fim do mundo em 2012

Em nenhum dos 15 mil textos existentes dos antigos maias está escrito que em 2012 haverá grandes cataclismos, crença originada em escritos esotéricos da década de 1970, asseguraram nesta terça-feira fontes oficiais. O diretor do Acervo Hieróglifo e Iconográfico Maya (Ajimaya) do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), Carlos Pallán, disse que só em dois deles há "duas inscrições" que falam em 2012, mas "só como o final do período".

Perante este fechamento do ciclo, os profetas modernos afirmam que um buraco negro no centro da galáxia, quando se alinhar com o sol, romperá o equilíbrio. Com isso, será modificado o eixo magnético da Terra e as consequências serão nefastas.

O cientista destacou em comunicado que estas versões apocalípticas foram geradas em publicações esotéricas nos anos 1970, as quais assinalavam o fim da civilização humana para 2012, data que coincide com o décimo terceiro ciclo no calendário maia, no dia 21 de dezembro. Pallán explicou que "para os antigos maias, o tempo não era algo abstrato, era formado por ciclos e estes às vezes eram tão concretos que tinham nome e podiam ser personificados mediante retratos de seres corajosos. Por exemplo, o ciclo de 400 anos estava representado como uma ave mitológica".

Os maias "jamais mencionam que o mundo vai acabar, jamais pensaram que o tempo terminaria em nossa época, o que nos reflete à consciência que alcançaram sobre o tempo, a partir do desenvolvimento matemático e da escritura". Ele acrescentou que os maias se preocupavam em efetuar rituais que de algum modo garantissem que o ciclo por vir seria propício, e no caso particular de 2012 é notada uma insistência em "que ainda em data tão distante vai ser comemorado um determinado ciclo. Este foi o miolo da confusão".

O arqueólogo disse que, no entanto, de acordo com os cálculos científicos atuais, a data astronômica precisa do fim de seu ciclo seria 23, e não 21 de dezembro. Também esclareceu que os maias legitimavam seu poder mediante os calendários e vinculavam os governantes com esses ciclos e com deuses citados em relatos ancestrais ou em mitos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Como os Antigos imaginavam a Terra

Aqui estão alguns relatos de como os povos antigos imaginavam a Terra, o Universo e os fenômenos da Natureza:

Uma das mais antigas concepções sobre a forma da Terra foi a dos hindus. Eles a imaginavam como a metade de uma esfera, sustentada por elefantes. Tudo – o hemisfério e os paquidermes – eram carregados nas costas de uam enorme tartaruga, o que explicava o movimento do planeta pelos caminhos do céu.

O livro dos Vedas ensina: a Lua está 50000 léguas mais alta que o Sol, e brilha por sua própria luz e a Terra é chata, triangular, e composta de sete camadas: a primeira de mel, a segunda de açúcar, a terceira de manteiga, a quarta de vinho, etc., tudo sobre as cabeças de incontáveis elefantes os quais, ao tropeçarem, provocam terremotos.

No Livro dos Egípcios: um gigantesco ovo foi chocado, mas tendo asas, fugiu, e depois dividiu-se, redividiu-se, formando o universo. O sol é um mero reflexo da luz da terra. Os homens surgiram de vermes brancos que pululam no lodo deixado pela inundação do Nilo.

Na Bíblia os hebreus imaginavam a Terra como sendo uma espécie de prato invertido, à superfície das águas, sustentada por colunas, com os vários céus (céu sideral, oceano celeste, céu empíreo) .

Também esses livros tinham suas próprias interpretações sobre os fenômenos da Natureza

Os Vedas também ensinavam que, para conseguir chuva, bastava se amarrar à uma árvore um sapo de boca aberta e repetir algumas palavras mágicas. Os egípcios acreditavam que estrelas eram as almas dos mortos que agora tinham se transformado em deuses. Os gregos acreditavam que um deus chamado Atlas sustentava a terra sobre seus ombros. Naquele tempo os gregos também criam que os raios fossem projéteis lançados pelos deuses.

Porque Jesus é chamado de Nazareno

Jesus tem sido chamado pela literatura como Jesus de Nazaré. Por que este nome é utilizado, já que Jesus nasceu em Belém? O correto não seria chamá-lo de Jesus, o belenense?
É fácil identificar a origem do nome Jesus, que deriva de Ieschoua (traduzido do grego Iezous). Também existe a possibilidade de que venha do hebraico Yesu, uma abreviação de Yesua, que foi o grande herói bíblico Josué, sucessor de Moisés.
Já para a origem da palavra nazareno não existem tantas informações. Jesus não poderia ser um nazareno, pois na época em que ele viveu, a cidade de Nazaré não existia, como foi provado por historiadores em 1920.
Para atestar este fato, basta examinar o Antigo Testamento (Js 19. 10-15) onde encontramos uma lista de todas as tribos de Zabulon, mas nenhuma menção de Nazaré.
No Talmude, existe uma referência de 63 cidades da Galiléia, sem mencionar Nazaré uma única vez. Qual a explicação possível?
Uma das possibilidades é que Jesus tenha sido chamado de nazareno por "estar à serviço de Deus", já que a palavra nazareno vem do aramaico Nazar, que significa "observar, colocar-se à serviço de Deus".
Também é quase certo que Nazaré não fosse uma cidade, mas sim, uma ramificação dos essênios, uma comunidade que vivia de maneira bastante organizada, dedicando-se ao trabalho e ao estudo, demonstrando um extraordinário interesse pelos escritos antigos, que proporcionavam ao grupo muito equilíbrio na comunidade.
É possível que os essênios tenham constituído as primeiras comunidades cristãs, sendo citados pelo Talmude como "nozaris". Para alguns estudiosos, os essênios foram considerados os primeiros precursores do cristianismo primitivo.
João Batista também era um nazareno, um profeta, uma pessoa à serviço de Deus, cuja missão era batizar, não para que os filhos de Deus obtivessem a salvação, mas para que seus corpos espirituais e físicos fossem curados.
De acordo com Flávio Josefo, a seita dos nazarenos existia às margens do Rio Jordão, cerca de cento e cinqüenta anos antes do nascimento de Jesus.
Acredita-se também que os nazarenos conheciam os ensinamentos provenientes de Buda e dos Vedas. Encontramos a palavra Nazaré nos dialetos indianos. A palavra Nas significa "associar-se com". Nasa, significa "nariz".
Estas são algumas possibilidades para que Jesus fosse chamado de nazareno, nada tendo a ver como sendo uma pessoa "nascida na cidade de Nazaré".

Fonte: Terra Esotérico