terça-feira, 13 de abril de 2010

Sobre o Concílio de Nicéia

O CONCÍLIO DE NICÉIA 325 D.C.

325 D.C – É realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia (nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor ), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus (285 - 337 d.C), filho de Constâncio I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália ( atual França ) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano. Desde Lúcio Domício Aureliano (270 - 275 d.C.), os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo.
Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários ( 10% da população do império ), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império : Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.
E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai.
Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados. Com a subida da Igreja ao poder, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina.
O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius , com alguns seguidores, em especial Eusébio , de Nicomédia; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos : Alexandre, de Alexandria; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias : Marcus, da Calabria (Itália) ; Cecilian, de Cartago (África) ; Hosius, de Córdova (Espanha); Nicasius, de Dijon (França) e Domnus, de Stridon (Província do Danúbio). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse. As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo.
O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte. Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário.
Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo (O "Credo da Dedicação") em, 341, para substituir o de Nicéia. (...) E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano. Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição a Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele. A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia. Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo : “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno!
Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano. Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu ( depois de ser batizado por um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio. Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C, o imperador Teodósio (um trinitarista) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinqüenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados.
Tudo isso nos leva a crer que o homem chamado "Jesus Cristo" na maneira descrita nos Evangelhos nunca existiu. Suas peripécias são fictícias; não padeceu sob nenhum Pôncio Pilatos; não foi nem poderia jamais ser a única Encarnação do Verbo; e qualquer Igreja, seita ou pessoa que diga o contrário ou está enganada ou enganando. Não quero dizer com isto que um homem assim não pudesse ter nascido, pregado e padecido. Segundo a Doutrina Teosófica, teria existido um homem chamado Joshua Ben Pandira. Tais homens nascem continuamente, e continuarão a nascer por todos os tempos: Encarnações do Logos, Templos do Espírito Santo, Cruzes de Matéria coroadas pela Chama do Espírito.
Direi mais: Houve, em certa ocasião, um homem que alcançou no mais alto grau a consciência de sua própria Divindade; e este homem morreu em circunstâncias análogas (porém não idênticas!) àquelas narradas nos Evangelhos. Seu nascimento perdeu-se na noite dos tempos: ele foi o original do "Enforcado" ou "Sacrifício" no Tarô, e os egípcios o conheciam pelo nome de Osíris. Foi esse Iniciado quem formulou na carne a fórmula do Deus Sacrificado. Esta é a fórmula da Cerimônia da Morte de Asar na Pirâmide, que foi reproduzida nos mistérios de fraternidades maçônicas da tradição de Hiram, das quais o exemplo mais perfeito foi o Antigo e Aceito Rito Escocês. O Grau 33° desse rito indicava uma Encarnação do Logos, a descida do Espírito Santo; a manifestação, na carne, de um Cristo; a presença do Deus Vivo. Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". As políticas do governo e da Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue. As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte. ************ OBS.: Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.C, no Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica...
Há que se ressaltar que, "Igreja" na época de Jesus, não era a "Igreja" que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra «Igreja», no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente «assembléia de convocados», neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus, ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemo-lo pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja-se, por exemplo, a epístola aos Romanos (16,5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklêsia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Áquila e Priscila, ou a epístola a Filémon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklêsia que se reunia em casa do dito Filémon ; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por «sinagoga». Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja católica enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nicéia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de 300 anos após a morte de Cristo. Onde termina a IGREJA PRIMITIVA dos Atos dos Apóstolos e começa o Catolicismo Romano?
Quando Roma tornou-se o famoso império mundial, assimilou no seu sistema os deuses e as religiões dos vários países pagãos que dominava. Com certeza, a Babilônia era a fonte do paganismo desses países, o que nos leva a constatar que a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o culto babilônico. No decorrer dos anos, os Líderes da época começaram a atribuir a si mesmos, o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagem deixada por Cristo. Na época da Igreja Primitiva, os verdadeiros Cristãos eram jogados aos leões. Bastava se recusar a seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinha a galope. O paganismo babilônico imperava a custa de vidas humanas. No ano 323 d.C, o Imperador Constantino professou conversão ao Cristianismo. As ordens imperiais foram espalhadas por todo o império:
As perseguições deveriam cessar! Nesta época, a Igreja começou a receber grandes honrarias e poderes mundanos. Ao invés de ser separada do mundo, ela passou a ser parte ativa do sistema político que governava. Daí em diante, as misturas do paganismo com o Cristianismo foram crescendo, principalmente em Roma, dando origem ao Catolicismo Romano. O Concílio de Nicéia, na Ásia Menor, presidido por Constantino era composto pelos Bispos que eram nomeados pelo Imperador e por outros que eram nomeados por Líderes Religiosos das diversas comunidades. Tal Concílio consagrou oficialmente a designação "Católica" aplicada à Igreja organizada por Constantino : "Creio na igreja una, santa, católica e apostólica". Poderíamos até mesmo dizer que Constantino foi seu primeiro Papa. Como se vê claramente, a Igreja Católica não foi fundada por Pedro e está longe de ser a Igreja primitiva dos Apóstolos...
Os documentos incluídos no assim-chamado "Novo Testamento" (a saber, os Quatro Evangelhos, os Atos, as Cartas e o Apocalipse) seriam falsificações perpetradas pelos patriarcas da Igreja Romana na época de Constantino, por eles chamado "o Grande" porque permitiu esta contrafação, colaborando com ela.
Constantino não teve sonho algum de "In Hoc Signo Vinces". Tais lendas teriam então sido inventadas pelos patriarcas romanos dos três séculos que se seguiram, durante os quais todos os documentos dos primórdios da assim-chamada "era Cristã" existentes nos arquivos do Império Romano foram completamente alterados. O que realmente aconteceu na época de Constantino, foi que, aliados os presbíteros de Roma e Alexandria, com a cumplicidade dos patriarcas das igrejas locais, dirigiram-se ao Imperador, fizeram-lhe ver que a religião oficial era seguida apenas por uma minoria de patrícios, que a quase totalidade da população do Império era cristã (pertencendo às várias seitas e congregações das províncias); que o Império se estava desintegrando devido a discrepância entre a fé do povo e a dos patrícios; que as investidas constantes de seitas guerreiras essênias da Palestina incitavam as províncias contra a autoridade de Roma; e que, resumindo, a única forma de Constantino conservar o Império seria aceitar a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo. Então, os bispos aconselhariam o povo a cooperar com ele; em troca, Constantino ajudaria os bispos a destruírem a influência de todas as outras seitas cristãs! Constantino aceitou este pacto político, tornando a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo na religião oficial do Império.
Conseqüentemente, a liderança religiosa passou às mãos dos patriarcas Romano-Alexandrinos, que, auxiliados pelo exército do Imperador, começaram uma "purgação" bem nos moldes daquelas da Rússia moderna. Os cabeças das seitas cristãs independentes foram aprisionados; seus templos, interditados; e congregações inteiras foram sacrificadas nas arenas das províncias de Roma e Alexandria. Os gnósticos gregos, herdeiros dos Mistérios de Elêusis, foram acusados de práticas infames por padres castrados como Orígenes e Irineu (a castração era um método singular de preservar a castidade, derivado do culto de Átis, do qual se originou a psicologia Romano-Alexandrina). Os essênios foram condenados através do hábil truque de fazer dos judeus os vilões do Mistério da Paixão; e com a derrota e dispersão finais dos judeus pelos quatro cantos do Império, a Igreja Romano-Alexandrina respirou desafogada e pode dedicar-se completamente ao que tem sido sua especialidade desde então: AJUDAR OS TIRANOS DO MUNDO A ESCRAVIZAREM OS HOMENS LIVRES.
Em resumo: Por influência dos imperadores Constantino e Teodósio, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e entrou no desvio. Institucionalizou-se; surgiu o profissionalismo religioso; práticas exteriores do paganismo foram assimiladas; criaram-se ritos e rezas, ofícios e oficiantes. Toda uma estrutura teológica foi montada para atender às pretensões absolutistas da casta sacerdotal dominante, que se impunha aos fiéis com a draconiana afirmação : "Fora da Igreja não há salvação". Além disso, Constantino queria um Império unido e forte, sem dissensões. Para manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridades eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e Escrituras. A mesma Bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas mas, também, um Deus forte, para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Era necessário trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias de Moisés, Elias, Isaías, etc., onde colocaram Jesus, não mais como Messias ou Cristo, mas, maliciosamente, colocou Jesus parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica do Hinduísmo. Nesse quadro de ambições e privilégios, não havia lugar para uma doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o nosso futuro está condicionado ao empenho da renovação interior e não à simples adesão e submissão incondicional aos Dogmas de uma Igreja, os quais, para uma perfeita assimilação, eram necessários admitir a quintessência da teologia : "Credo quia absurdum", ou seja, "Acredito mesmo que seja absurdo", criada por Tertuliano (155-220), apologista Cristão.
Disso tudo deveria nascer uma religião forte como servia ao império romano. Veio ainda a ser criados os simbolismos da Sagrada Família e de todos os Santos, mas as verdades do real cânone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviam ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e outras Filosofias contrárias aos interesses da Igreja que nascia. Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos conquistados e reprimidos por Roma, para assegurar-se nas regiões invadidas, onde dominava as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois queria se tornar "A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a ser sustentada pela força, ao mesmo tempo em que simulava a graça divina, recomendando o arrependimento e perdão, mas que na prática, derrotava seus inimigos a golpes de espada. Então não era da tolerância pregada pelo Cristianismo que Constantino precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos. Para isso, Constantino devia adaptar a Religião do Carpinteiro, dando-lhes origens divinas e assim impressionaria mais o povo o qual sabendo que Jesus era reconhecido como o próprio Deus na nova religião que nascia, haveria facilidade de impor a sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, e assim os seus poderes ganhariam amplos limites, quase inatingíveis. Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mão de Deus.
Fontes:
* Instituto São Thomás de Aquino - Fundação para Ciência e Tecnologia - Dominicanos de Lisboa - Portugal.
* Documentos da Igreja Cristã, de H. Bettenson.
* UMA HISTÓRIA DA LEITURA, de Alberto Manguel, COMPANHIA DAS LETRAS – SP, 1997 ( páginas 228 a 237 ) da "LEITURA DO FUTURO" - Editora Schwarcz Ltda.
* História da Igreja Católica, Philip Hughes, Dominus.
* História Universal, H.G. Wells.
* Carta à um Maçon - Marcelo Ramos Motta
* LA MISA Y SUS MISTÉRIOS, de J. M. Ragón.
* THE ARCANE SCHOOLS, de John Yarker.
* DO SEXO À DIVINDADE, do Dr. Jorge Adoum.
* CURSO FILOSÓFICO DE LAS INICIACIONES ANTIGUAS Y MODERNAS, de J. M. Ragón.
* ISIS UNVEILED, de Helena Blavatsky, seção sobre o cristianismo.

Fonte do texto: Internet

Texto sobre a alteração da Bíblia

A crítica textual é o trabalho acadêmico com os manuscritos disponíveis visando a recuperação dentro dos limites da possibilidade do texto original. A disciplina de crítica textual como desenvolvido ao longo dos últimos dois séculos tornou-se um dos pilares da pesquisa moderna da Bíblia e interpretação. No campo de estudo científico da Bíblia é comumente aceito que uma das primeiras questões a ser abordadas antes da interpretação real que pode ser realizada é a natureza do próprio texto e que mudanças a que foi submetido durante o longo período de sua transmissão.

O texto bíblico tem sido transmitido ao longo dos séculos e, portanto, sujeito ao mesmo tipo de erros como qualquer outro texto transmitido. De nenhum livro bíblico possui-se o manuscrito original. Existem, porém, numerosas cópias manuscritas de séculos posteriores que comparadas entre si e com as mais antigas traduções permitem uma reconstrução. Estudando os manuscritos mais antigos da bíblia dá para perceber que textos da bíblia atual não existiam neles. Muitos erros podiam ser de escribas que copiavam os textos, e as vezes erravam frases por descuido. Eles também poderiam ter feito pequenos acrescimos no texto, ou na borda da folha, e outros copistas o consideravam como original. O estudo dos manuscritos biblicos antigos busca uma reconstrução mais próxima do que realmente foi escrito no original.

Citação do Papa Leão X

Citação alegada: "Como bem sabemos o que uma superstição rentável esta fábula de Cristo tem sido para nós!" ou "Que lucro aquela fábula de Cristo trouxe-nos!"
Embora raramente acompanhada de uma fonte, esta citação é sempre atribuída ao Papa Leão X. Quando uma fonte é oferecida, às vezes é citado como sendo encontrada na edição 14 da Enciclopédia Britânica, Volume 19, página 217.
Não só essas páginas não mencionam a citação, mas não é o mesmo volume que contém o artigo do Papa Leão X!O artigo se encontra no volume 13 das páginas 926-928. Apesar de ler o artigo da enciclopédia, esta citação não aparece em nenhuma parte do texto. Embora a enciclopédia admite que Leão X deixou o papado praticamente falido depois da sua morte, nunca esta citação é atribuída a ele.
Então, de onde se origiou esta citação? Os céticos afirmam que Leão X disse isso a um membro da sua comitiva, que mais tarde teria atribuída a citação a ele. No entanto, a citação já foi atribuída ao escritor satírico do século 16 e dramaturgo, John Bale. John Bale se juntou ao movimento protestante após tornar-se desencantado com a corrupção da Igreja Católica. Ele escreveu muitas paródias na qual ele expressou abertamente seu desdém de abuso papal. Uma de suas obras satíricas mais conhecidas como ''The Pageant of the Popes'' é a verdadeira fonte da citação em questão:
"Porque em uma época quando o cardeal Bembus fez mover uma questão fora do Evangelho, o Papa deu-lhe uma resposta de muito desprezo dizendo: Todas as idades podem testemunhar o suficiente como rentável que a fábula de Cristo foi para nós e nossa companhia. "(Pageant of the Popes- página 179)
Mesmo a Enciclopédia Católica explica que essa citação não vem de Leão X: "Sua piedade não pode verdadeiramente ser descrita tão profunda ou espiritual, mas isso não justifica a repetição contínua da sua observação alegado: "Quanto nós e nossa família tem lucrado com a lenda do Cristo'', é suficientemente claro para todas as idades. John Bale, o apóstata Inglês carmelita, o primeiro a dar a estas palavras de moeda no tempo da rainha Elizabeth, nem sequer era um contemporâneo de Leão X. "Enciclopédia Católica


Fonte

Estudo diz que Jesus andou sobre o gelo

O Novo Testamento diz que Jesus caminhou sobre a água, mas um professor universitário da Flórida tem uma versão menos milagrosa, segundo a qual Cristo andou, na verdade, em cima de um pedaço flutuante de gelo.
O professor Doron Nof também teorizou, no começo da década passada, sobre os fundamentos científicos do episódio em que Moisés teria dividido o mar Vermelho.
Nof, professor de Oceanografia na Universidade Estadual da Flórida, disse na terça-feira que seu estudo encontrou uma combinação rara de condições hídricas e atmosféricas no atual norte de Israel, que poderia ter levado à formação de gelo no mar da Galiléia.
Nof usou registros da temperatura da superfície do mar Mediterrâneo e modelos estatísticos para examinar a dinâmica do mar da Galiléia, conhecido como lago Kinneret pelos israelenses.
O estudo encontrou um período de temperaturas mais baixas na região entre 1.500 e 2.600 anos atrás, ou seja, inclusive na época em que Jesus viveu.
A diminuição da temperatura abaixo de zero grau Celsius pode ter formado uma camada de gelo, grossa o suficiente para suportar uma pessoa, perto da margem oeste do lago de água doce, segundo Nof. Para um observador distante, seria quase impossível distinguir um pedaço de gelo boiando no meio da água.
Nof disse que seu estudo, publicado na edição de abril da Journal of Palelimnology, é "uma possível explicação" para a caminhada de Jesus sobre a água.
"Se você me perguntar se eu acredito que alguém andou sobre a água, não, não acredito", disse Nof. "Talvez alguém tenha andado sobre o gelo, não sei. Acredito que houvesse ali algo natural que explicasse. Deixamos aos outros a questão de se nossa pesquisa explica ou não o relato bíblico."
Ao apresentar, há 14 anos, sua teoria de que as condições do vento e do mar explicariam a divisão do mar Vermelho, Nof disse ter recebido alguns e-mails agressivos, embora tenha dito que a tese corroborava a descrição bíblica da fuga de Moisés.
Desta vez, não foi diferente. Assim que a teoria sobre Jesus no gelo começou a circular, sua caixa-postal ficou entupida de mensagens violentas. "Perguntaram se da próxima vez vou tentar explicar a ressurreição", afirmou.

Fonte: Notícias Terra

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sonda espacial Indiana encontra água na Lua

Água na Lua
Usando dados de um instrumento da NASA a bordo de uma sonda espacial indiana, cientistas descobriram moléculas de água nas regiões polares da Lua.
As observações foram feitas pelo instrumento Moon Mineralogy Mapper, ou M3, a bordo da sonda espacial indiana Chandrayaan-1, que deixou de funcionar há algumas semanas. As sondas Cassini e Epoxi, da NASA, confirmaram o achado.
Os dados revelaram as moléculas de água ocorrem em quantidades que são maiores do que o previsto, mas ainda relativamente pequenas. Também foram encontradas hidroxilas no solo lunar, moléculas constituídas de um átomo de oxigênio e um átomo de hidrogênio.
"Encontrar água congelada na Lua tem sido uma espécie de Santo Graal para os cientistas há muito tempo", disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA. "Esta descoberta surpreendente foi possível graças à criatividade, à perseverança e à cooperação internacional entre a NASA e a Organização de Pesquisas Espaciais da Índia.

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Existência histórica de Jesus discutida por especialistas

Viciados em teorias da conspiração adoram a idéia: Jesus nunca teria existido. As histórias sobre sua vida, morte e ressurreição que chegaram até nós seriam mera colagem de antigos mitos egípcios e babilônicos, com pitadas do Antigo Testamento para dar aquele saborzinho judaico. Na prática, Cristo não seria mais real do que Osíris ou Baal, dois deuses mitológicos que também morreram e ressuscitaram.Viciados em teorias da conspiração adoram a idéia: Jesus nunca teria existido. As histórias sobre sua vida, morte e ressurreição que chegaram até nós seriam mera colagem de antigos mitos egípcios e babilônicos, com pitadas do Antigo Testamento para dar aquele saborzinho judaico. Na prática, Cristo não seria mais real do que Osíris ou Baal, dois deuses mitológicos que também morreram e ressuscitaram.
No entanto, para a esmagadora maioria dos estudiosos, sejam eles homens de fé ou ateus, a tese não passa de bobagem. A figura de Jesus pode até ter “atraído” elementos de mitos antigos para sua história, mas temos uma quantidade razoável de informações historicamente confiáveis sobre ele, englobando pistas de fontes cristãs, judaicas e pagãs.

De Paulo a Tácito: Começamos, no Novo Testamento, com as cartas de São Paulo, escritas entre 20 anos e 30 anos após a crucificação do pregador de Nazaré. Cerca de 40 anos depois da morte de Jesus, surge o Evangelho de Marcos, o mais antigo da Bíblia; antes que o século 1 terminasse, os demais Evangelhos alcançaram a forma que conhecemos hoje. A distância temporal, em todos esses casos, é a mais ou menos a mesma que separava o historiador Heródoto da época da guerra entre gregos e persas, que aconteceu entre 490 a.C. e 479 a.C. – e ninguém sai por aí dizendo que Heródoto inventou Leônidas, o rei casca-grossa de Esparta.Outra fonte crucial é Flávio Josefo, autor da obra "Antigüidades Judaicas", também do século 1. O texto de Josefo sofreu interferências de copistas cristãos, mas é possível determinar sua forma original, bastante neutra: Jesus seria um “mestre”, responsável por “feitos extraordinários”, crucificado a mando de Pilatos, cujos seguidores ainda existiam, apesar disso. Duas décadas depois, o historiador romano Tácito conta a mesma história básica, precisando que Jesus tinha morrido na época de Pilatos e do imperador Tibério (duas referências que batem com o Novo Testamento).
Esses dados mostram duas coisas: a historicidade de Jesus e também sua relativa desimportância diante das autoridades romanas e judaicas, como um profeta marginal num canto remoto e pobre do Império.

Fonte: G1

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por trás dos pousos da Lua, voos da imaginação

John Strausbaugh

Nessa segunda-feira (20), fará quarenta anos que Neil Armstrong tornou-se o primeiro ser humano a pisar na Lua. Mas durante milênios antes dele as pessoas imaginaram esse salto gigantesco na ficção, em fábulas e filmes. Elas voaram até a Lua em navios-foguetes, carruagens aladas e projéteis disparados por enormes canhões. Lá encontraram gigantes, homens-insetos, nazistas e mulheres seminuas.Embora as histórias de viagens lunares anteriores a 1969 fossem muitas vezes tolas ou satíricas, Frederick I. Ordway 3º, um ex-pesquisador da Nasa, afirma que elas tiveram uma função crítica para inspirar os cientistas que realmente levaram os homens até o satélite."Todos eles leram H.G. Wells e Júlio Verne", disse Ordway recentemente. "A ficção científica incentivou a todos nós nos primeiros tempos, acho que sem exceção."Quando era menino, no Upper East Side de Manhattan na década de 1930, Ordway devorava revistas de ficção científica como "Amazing Stories" e "Thrilling Wonder Stories"; mais tarde ele doou cerca de 900 delas para a biblioteca do Harvard College. Nos anos 1940, ele foi um estudante membro da Sociedade Americana de Foguetes, uma organização de entusiastas do espaço que construiu, testou e disparou pequenos foguetes em Nova York e Nova Jersey.Depois de se formar em Harvard em 1949 com um diploma em geociências, Ordway foi trabalhar para a Reaction Motors, que construía motores para os aviões-foguetes experimentais X-1 e X-15. A partir de meados dos anos 1950 até meados de 60, ele trabalhou em Huntsville, Alabama, com o cientista de foguetes Wernher von Braun na Agência de Mísseis Balísticos do Exército e depois no Centro de Voo Espacial George C. Marshall, da Nasa.Em 1965, por sugestão do escritor Arthur C. Clarke, o cineasta Stanley Kubrick contratou Ordway como consultor científico para "2001: Uma Odisseia no Espaço". Ordway também escreveu e editou mais de duas dúzias de livros sobre voos espaciais reais e imaginários.Ele disse que a primeira viagem à Lua que se conhece na história escrita foi a do satirista Luciano de Samosata, do século 2º desta era. Luciano começa sua "História Verdadeira" com uma advertência de que é tudo mentira. Ele passa a descrever a navegação em um barco que é carregado até a Lua por uma enorme tromba d'água. Encontra-a habitada por homens que cavalgam abutres de três cabeças e moscas gigantes, e estão em guerra com os habitantes do Sol.No século 16, o poema épico de Ariosto "Orlando Furioso" representa a Lua como o repositório de todas as coisas fora de lugar na Terra. O cavaleiro Astolfo aventura-se até lá em uma carruagem puxada por quatro cavalos mágicos, em busca das ideias perdidas do louco Orlando.O desenvolvimento do telescópio no século 17 provocou muita especulação sobre o satélite e seus possíveis habitantes. Houve até uma primeira corrida espacial, pelo menos no papel, quando patriotas ingleses exortaram seus conterrâneos a colonizar a Lua antes que outras nações o fizessem.O astrônomo Johannes Kepler escreveu suas especulações lunares como ficção. Em "Somnium" (Sonho), publicado postumamente em 1634, um jovem é carregado por demônios da Lua. As descrições de Kepler de uma superfície lunar árida são bastante precisas, mesmo que ele a povoe com cobras gigantes e outras criaturas.Domingo Gonsales (na verdade Francis Godwin, bispo de Hereford) voou para a Lua em uma cadeira puxada por gansos no livro de sucesso no século 17 "The Man in the Moone" (O Homem na Lua). Ele descobre que ela é "outra terra", povoada por gigantes.Em sua sátira "Viagens à Lua e ao Sol", o poeta e satirista Cyrano de Bergerac tenta primeiro um voo lunar carregado por frascos de neblina ascendente, mas só chega até o Canadá. Mais tarde ele consegue atingir o seu destino impulsionado em parte do caminho por foguetes, um dispositivo que parece ter ocorrido a pouquíssimos escritores antes do século 20.No século 18, o barão Hieronymus Karl Friedrich von Munchausen contou tais histórias sobre si mesmo que outros aderiram, transformando-o em ficção durante sua própria vida. Eles o fizeram viajar para a Lua uma vez com um pé de feijão gigante e outra em um navio voador carregado, como o de Luciano, por uma tempestade. Lá ele conhece o rei com uma cabeça destacável -representado por Robin Williams no filme de Terry Gilliam "As Aventuras do Barão Munchausen", de 1988.Armstrong mal tinha posto os pés na lua quando surgiu uma teoria da conspiração de que o pouso lunar era uma fraude. Em "The Sun and the Moon" (O Sol e a Lua - Basic Books, 2008), Matthew Goodman descreve uma primeira fraude lunar cometida no verão de 1835 pelo jornal "The New York Sun".Foi uma série de artigos que contavam as observações lunares de um verdadeiro astrônomo britânico, John Herschel, cujo telescópio gigante supostamente lhe trazia imagens de bisões peludos, bodes de um só chifre e o "Vespertilio-homo, ou homem-morcego". O autor anônimo, um jornalista chamado Richard Adams Locke, misturou com tal habilidade o científico e o fantástico que muitos leitores acreditaram. Herschel, cujo observatório ficava na África do Sul, não gostou da brincadeira."Houve um tremendo interesse por astronomia naquele ano porque o cometa Halley, que fora visto pela última vez em 1759, estava a caminho naquele outono", disse Goodman.Um leitor aborrecido com a piada de Locke, acrescentou Goodman, foi Edgar Allan Poe. Naquele mesmo verão o "The Southern Literary Messenger" publicou a fraude lunar de Poe, "The Unparalleled Adventure of One Hans Pfaall" (A Aventura sem Paralelos de um Certo Hans Pfaall), que não chamou muito a atenção.Em 1844, fraudes sobre a Lua eram tão comuns que o "Messenger" fez uma paródia, "Lembranças da Viagem de Seis Dias na Lua por um Homem Aeronáutico". O narrador conta que flutuou até a Lua usando "uma nova e até então desconhecida ciência chamada aerotismo, ou a faculdade de autossuspensão no ar".No romance de Júlio Verne "Da Terra à Lua" (1865), três aventureiros voam para a Lua em um projétil disparado por um canhão gigante. Na sequência, "Ao Redor da Lua", os viajantes orbitam o satélite e retornam à Terra.Os filmes ainda estavam na infância quando ocorreram as primeiras viagens à Lua em celulóide. O curta "Viagem à Lua" de Georges Meliès, de 1902, uma adaptação cômica das novelas de Verne, mostra o projétil acertando o olho do Homem da Lua, e os viajantes encontram uma corrida demoníaca de homens lunares. O longa-metragem "Da Terra à Lua", de 1958, estrelado por Joseph Cotten, é uma adaptação mais fiel das obras de Júlio Verne.Os heróis de "Os Primeiros Homens na Lua", de H.G Wells, de 1901, são levados até lá por uma substância antigravidade. Eles encontram "vacas lunares" gigantes e uma raça de cinco homens-insetos lunares, os Selenitas. Uma adaptação para o cinema, com efeitos especiais do renomado animador Ray Harryhausen, saiu em 1964.Wells escreveu o roteiro para o filme de 1936 "Things to Come" (Coisas do Futuro), um épico sobre o futuro da humanidade no qual os primeiros homens a circundar a Lua, em 2036, são disparados para o céu por um "canhão espacial" gigantesco que lembra o de Verne.No século 20, quando pioneiros como Von Braun e Robert Goddard desenvolviam os foguetes, as naves espaciais também se tornaram meios dominantes de viagem lunar na ficção e no cinema. O desenhista de foguetes Hermann Oberth deu conselhos técnicos para o diretor Fritz Lang fazer uma viagem à Lua parecer convincente no filme mudo de 1929 "Frau im Mond". (Oberth tentou, mas não conseguiu construir um foguete de verdade para lançar quando o filme estreasse.)Foguetes à Lua proliferaram em livros para jovens leitores nos anos do pós-guerra. No romance para jovens adultos de Robert A. Heinlein "Rocket Ship Galileo" (1947), uma equipe de adolescentes americanos voa em um foguete ("Seja um bom menino na Lua", adverte uma das mães), mas descobre que os nazistas os superaram. No livro infantil de Marcia Martin "Tom Corbett: A Trip to the Moon" (1953), os pequenos Johnny e Janie voam para lá na nave espacial Polaris de Corbett. "Cuidado com os grandes buracos", Corbett avisa os meninos enquanto dão seus grandes saltos para a humanidade.O filme "Destination Moon" (Destino Lua - 1950) talvez seja o mais científico filme espacial da década, com roteiro escrito em parte por Heinlein, belo trabalho de arte do ilustrador de ciência e ficção científica Chesley Bonestell e até um desenho animado em que o Pica-Pau explica a física do voo espacial. (Heinlein também escreveu um argumento para um filme que nunca foi produzido chamado "Abbott and Costello Move to the Moon".)Em meados dos anos 1950, o programa de televisão "Disneyland" mostrou uma série de episódios de uma hora de "Tomorrowland" (A terra do amanhã) sobre voo espacial. Combinando palestras de Von Braun e outros cientistas de foguetes, drama ao vivo e animação engenhosa, os programas, disponíveis em DVD, são ainda hoje obras maravilhosas de educação e entretenimento.Os filmes sobre a Lua anteriores a 1969 não eram todos destinados ao público familiar. Os habitantes lunares no filme de baixo orçamento "Cat-Women of the Moon" (Mulheres-gatas da Lua - 1953) são jovens de malhas pretas (anunciadas como "As garotas da capa de Hollywood") que pretendem conquistar os homens da Terra. O filme de muito baixo orçamento "Nude on the Moon" (Nuas na Lua - 1961) povoa o satélite (na verdade a atração turística Castelo de Corais, na Flórida) com garotas fazendo "topless".Ordway ajudou a fazer de "2001: Uma Odisseia no Espaço" um dos mais convincentes filmes de viagem espacial já feitos. Lançado na primavera de 1968, um ano e alguns meses antes do passo histórico de Armstrong, talvez tenha sido preciso demais em um sentido. Ao mostrar a viagem lunar como rotineira e até entediante, antecipou como a excitação mundial sobre a viagem do Apollo 11 se transformaria em desinteresse global nas últimas missões à Lua. Talvez depois de 2.000 anos de abutres de três cabeças, homens-morcegos e garotas seminuas, a Lua de verdade só pudesse parecer um tanto sem graça quando chegamos lá.Hoje a Nasa planeja enviar homens à Lua por volta de 2020, e depois aventurar-se a Marte. Ordway, que lembrou quando a agência espacial planejava colocar homens em Marte por volta de 1987, aprova totalmente. "O próximo passo precisa ser dado", ele disse. "Se não o dermos, outros o darão"
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Fonte Noticias UOL

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